segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

“A menina do cabelo azul” – lindo texto de Andréa Pernambuco Toledo


Na semana passada recebi um dos email mais lindos que já li.

A escritora carioca e radicada em Natal – Andréa Pernambuco Toledo – disse que meus desenhos a inspiravam e por isso ela escreveu poemas dedicados a essas ilustrações. 

Que presente lindo, que honra... num mundo apressado como esse, uma pessoa, que não te conhece, parar um tempo da vida dela e olhar seu trabalho e mais, dizer que seu trabalho a inspira.

Obrigada Andréa!

Essas coisas fazem a vida valer a pena. E trazem aquele brilho especial e necessário aos nossos olhos.

Então, deixo vocês com o lindo poema de Andréa Pernambuco Toledo, de quem acredito que ainda ouviremos falar muito.

Um beijo-flor inspirado à todos.
Cabelo azul - 2010
A menina do cabelo azul
(Andréa Pernambuco Toledo)

A menina do cabelo azul
Não sabia o porquê
Da cor
De seu cabelo
Se não há no mundo
De norte a sul
Outra menina
Com cabelo azul

A menina do cabelo azul
Não sabia o porquê
Da dor
Dentro do peito
Que sentia ao ver
Que não há no mundo
Outra menina
Com o seu jeito

A menina do cabelo azul
Não sabia o porquê
Da flor
Branca e amarela
Não lhe ajudar
A descobrir
Outra menina
Igual a ela

Até a flor lhe dizer
Que não sabia o porquê
Da dor
Que a afligia
Se não havia
De norte a sul
Cor mais bonita
Que a cor azul

E a menina do cabelo azul
Em meio a tantas madeixas
De coloridos comuns
Agora já não se queixa:

De repente
Anda contente
Por ser diferente
De toda gente


3 comentários:

Anônimo disse...

Obrigada a você, Camila, pelas palavras tão gentis e pela honra de ter meu texto no seu blog! Parabéns mais uma vez por seu lindo trabalho, que certamente é fonte de inspiração não apenas para mim, mas para muitas outras pessoas! Um beijo grande, Andréa

nelsa disse...

Andrea,parabens adorei o poema.sucesso na nova empreitada.beijos da sogrinha que te gosta e admira muito.nelsa

Nazareth Ramos disse...

Minha sobrinha querida, eu já estava maravilhada com a Sacita e estou mais ainda com este poema. Estou orgulhosa!
tia Nina